A primeira vez que conversamos foi por um acaso complexo! Estávamos em um retiro, ele era responsável pelo equipamento de som e por isso tinha que acordar cedo todos os dias. Eu, na ocasião, não podia ficar em todos os dias do retiro que estava acontecendo em Garopaba-SC e precisava voltar para Floripa, onde naquele dia deveria estar no trabalho às 8hs. Mas minha carona saiu mais cedo, e como foi combinada enquanto o caroneiro dormia (sim ele atendia os telefonemas, mas não acordava), ao acordar ele não lembrou que precisaria me ajudar.
Na ocasião eu fiquei muito nervosa, pois sempre gostei de cumprir com meus compromissos e também porque minha chefe, apesar de ser uma ótima amiga, não admitia falhas. Depois desse dia, nos vimos mais uma vez na igreja e trocamos telefones... No ano seguinte, na data do meu aniversário ele apareceu no meu trabalho me levando bombons. Nosso contato era quase sempre por telefone. Ficamos uns dois anos aproveitando a promoção da operadora TIM, que não pagávamos ligação após as 22hs. Eram horas e horas de conversas e no dia seguinte o Leandro é quem precisava acordar cedo para ir trabalhar.
Na época eu já havia sofrido por investir em relacionamentos que nunca me proporcionavam reciprocidade e por isso buscava no Leandro um amigo. Foi isso que ele me mostrou ser, ouvindo-me, respeitando-me e acima de tudo, estando sempre disponível para me ajudar e motivar. Acredito que foi assim que o amor foi sendo plantado em nossos corações, pois viramos
companheiros e o diálogo sempre nos ajudou muito. Leandro era muito tímido, mas nossas conversas ao telefone, faziam com que as raras vezes que nos encontrávamos, sentíssemos à vontade um na presença do outro.
